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MAG N É S I O : O Q U E E L E P O D E FA Z E R P O R VO C Ê
-distúrbios cardiovasculares frequentes no histórico familiar, dentre os
quais arritmias cardíacas e hipertensão arterial.
Ao longo de três décadas, tenho feito palestras e conferências em
vários pontos do país e do exterior sobre esse palpitante tema, que teve
influência sobre a saúde de milhares de pessoas que lograram mudar a
qualidade de suas vidas, livrando-se de insônia, enxaqueca, hipertensão
arterial, arritmias cardíacas, diabetes, alergia e dores articulares, confirmando
o lema do 5th INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON MAGNESIUM,
realizado em Kioto, no Japão, em Agosto de 1988: “Magnesium
for a better health”.
Brasília, agosto de 2010.
PARTE I
Capítulo 1
Fundamentos da Evolução
Biológica
Na evolução do planeta Terra, cuja idade é de aproximadamente 4,6
bilhões de anos, houve gradativamente um processo de resfriamento
em que foram surgindo elementos de peso atômico baixo, como
o hidrogênio e o hélio. O planeta estratificou-se em uma crosta sólida
e um núcleo constituído por ferro e níquel. O manto, que faz parte da
crosta terrestre, tem composição semelhante ao mineral olivina, que é
um silicato de ferro e magnésio.
Inicialmente em altas temperaturas, o planeta não tinha água
em estado líquido; após o resfriamento, contudo, houve água suficiente
para a formação progressiva dos oceanos. Desde esse estado
primitivo, o fenômeno do vulcanismo contribuiu para criar uma atmosfera
cujos componentes eram: vapor d’água, metano, dióxido de
carbono, monóxido de carbono e nitrogênio (derivado dos nitritos)
e, finalmente, o gás sulfídrico, originário dos sulfuretos. (Vide termos
no glossário).
A atmosfera secundária tinha propriedades químicas mais redutoras
que oxidantes, sendo o ponto de partida para as primeiras formas
de vida surgidas há cerca de 3,5 bilhões de anos, fase precedida por uma
evolução química estimada em 500 milhões de anos. 1
D r . A rnoldo V elloso da C osta
1.1 Evolução química
Gradativamente, todas as moléculas necessárias à construção dos
organismos se constituíram a partir de compostos inorgânicos que, à
custa de reações químicas, agruparam-se sob a forma de aminoácidos e
nucleotídios, blocos formadores da proteína. Esta é a pedra angular da
matéria prima constituinte de todos os seres vivos (vide glossário).
Fosfatos inorgânicos ou orgânicos, que constituem reserva de
energia química, foram se organizando em formas cada vez mais complexas,
por meio do processo de formação de moléculas de maior peso
molecular, a polimerização.
As fontes de energia disponíveis nesta fase da evolução do planeta,
o raio e o trovão, provavelmente foram fontes iniciais para a síntese
de compostos orgânicos a partir da matéria prima dos gases da atmosfera
primitiva. Uma bem sucedida experiência, realizada há mais
de quatro décadas, revelou a possibilidade de síntese de aldeídos, ácidos
carboxílicos e aminoácidos a partir da mistura de gases submetida à ação
de descargas elétricas. 2
1.2 Evolução Biológica
A partir de gotículas que tinham a capacidade de absorver energia
do meio ambiente, forma pré-biótica de atividade, ao longo de 500
milhões de anos foi surgindo progressivamente a capacidade de processamento
das moléculas absorvidas sob a forma de um metabolismo
elementar e também a possibilidade de reprodução às expensas de um
primitivo sistema de transmissão genética.
Provavelmente, as células primitivas eram constituídas de centenas
de moléculas básicas, capazes de assegurar a síntese de proteínas e a geração
de energia anaeróbia, ou seja, gerada em atmosfera sem oxigênio.
Pesquisas recentes apontam para o papel fundamental do magnésio
nesta fase primordial da evolução da vida, em vista de sua abundância na composição da água e sedimento dos oceanos, admitido como o
berço das formas primitivas da vida.
Por sinal, o sistema celular tem profunda semelhança com a água do
mar, que se parece com o fluido extracelular, rico em cloretos, em oposição
ao meio intracelular, rico em fosfatos, magnésio e potássio, que é análogo à
composição do sedimento marinho, cujo teor de cloretos é baixo. É ponto
pacífico nestas considerações teóricas que o magnésio foi o elemento essencial
para catalisar as reações químicas necessárias à lenta evolução das
formas pré-bióticas para as formas primitivas de vida. 3
Os organismos primitivos unicelulares procarióticos – que são
seres vivos desprovidos de núcleo celular – reproduziam-se por divisão
simples e, gradativamente, conseguiram reduzir o dióxido de carbono
até a glicose – utilizando o gás sulfídrico como fonte de hidrogênio –
e liberando o enxofre. Por sua vez, organismos como as cianobactérias
convertiam o dióxido de carbono em glicose a partir da água, liberando
o oxigênio.
1.3 A clorofila e o oxigênio
A mãe natureza, com a invenção da clorofila em cuja constituição
química o magnésio exerce papel essencial, permitiu um aumento
progressivo do oxigênio na composição da atmosfera, produzindo inicialmente
extensa ação química sobre o ferro, que se encontrava nos
oceanos sob forma solúvel, a ferrosa bivalente, que depois se precipitou
no fundo marinho ao adquirir a forma trivalente, a férrica, não solúvel.
Somente a fotossíntese poderia ter feito transformação de tal magnitude,
precipitando o ferro dissolvido no fundo do mar, à custa de enorme
quantidade de oxigênio, seguida de sedimentação e fossilização da matéria
orgânica envolvida, incluindo flora e fauna primitivas, processo
que terminou há aproximadamente 1,8 bilhão de anos. Vale lembrar
que da matéria orgânica vegetal fossilizada se originaram os combustíveis
fósseis: o carvão, o petróleo e o gás natural.